quarta-feira, dezembro 05, 2007

Sinfonia Indigente

Finalmente o título para o meu poema foi publicado. Obrigado a todos que participaram!

Ziguezagueie ao fundo da rua
Passo a passo, rumo a lado nenhum.
Sombra, iluminou-se-me a Lua
Perdida numa garrafa de rum.

É assim que te bebo lentamente
Ao sabor duma doce sinfonia
Deixando-se arrastar pela corrente
Enquanto fujo à noite desse dia.

Ahh… pedra de calçada carpideira
Confissões que em ti desabafei.
Fugaz o vulto na sua maneira
Corrida louca, a que eu ganhei.

Vadio errante no tempo escuro
Brilhante a vida por entre o fado
Cão com trela que salta o muro
Solitário, triste e aluado.

Doce ponto final sem reticência…
Abre-se a vida em [ ]
A sede dum abraço em abstinência
Que se afoga, seco, por um afecto.