Sinto-me pequeno, tão diminuído.
Às vezes pergunto-me se vale a pena ter nascido.
Caminho para casa sempre a olhar pro chão
Com uma lágrima no olho e a caneta numa mão.
Sinto-me sozinho, completamente sem ninguém
Às vezes é mesmo assim, não me sinto nada bem.
Caminho perdido sem saber pra onde ir
Com aquela ideia na cabeça da necessidade de fugir.
Às vezes acontece, é preciso sentir dor.
Caminho sinuoso do paraíso ao abismo
Com a ilusão de viver no tempo do romantismo.
Às vezes dizem-me coisas só para não me ver sofrer.
Caminho sempre na direcção contrária
Com tanta doença, espero que esta não seja hereditária.